Uma Rosa no Sertão
Não é difícil
encontrar uma rosa no sertão. O sertão é quente, seco e Rosa é Guimarães,
mineiro de Cordisburgo, que gostava do contato com a natureza e com os homens
do campo e se confessava “homem do Sertão”. Os elementos do seu mundo fundiram-se
com os de sua imaginação, tornando sua literatura envolvente.
Profissionalmente,
a medicina não o seduziu. Prestou concurso no Itamarati. Representou o Brasil
em Hamburgo, Bogotá e Paris. Mas sua consagração foi como escritor, recebeu
importantes prêmios e foi membro da Academia Brasileira de Letras.
Falava
fluentemente inglês, espanhol, alemão, italiano e tinha conhecimentos para ler
em diferentes idiomas.
Guimarães
Rosa faz parte do Modernismo, terceira fase da prosa modernista. A sua obra apresenta
inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e
regionais, que registrava durante suas andanças pelo interior de Minas, nas
conversas com vaqueiros. Tudo isso, unindo a sua erudição, permitiu a criação
de uma escrita que mescla regionalismo, liberdade, invenções linguísticas
(neologismos). As veredas não seriam as mesmas se não fossem os léxicos de
Guimarães Rosa.
Os elementos
do sertão servem como desencadeadores para uma abordagem dos grandes problemas
do homem. Temas mais amplos são tratados a partir do regional: significado de
vida e morte, existência ou não de Deus, reflexão sobre o destino. Em seus
textos, percebemos a luta do homem com ele mesmo e com o ambiente. Rosa fala
das disputas de terra, da utilização da mão de obra escrava , das grandes
diferenças socioeconômicas e culturais.
Escreveu
obras famosas dentre elas: Sagarana, Magma, Com o vaqueiro Mariano, Corpo de
Baile, Primeiras Estórias, Campo Geral, Noites do Sertão, Tutameia, Grande
Sertão: Veredas.
Como dizia
Rosa, “escrevia para se aproximar de Deus e Deus se aproximava Dele ao captar
na palavra o mistério da criação”. Com seu perfeccionismo, “não queria escrever
para o tempo e sim para eternidade”.
Esse autor
ganhou o universo linguístico com suas abordagens e é considerado um dos
melhores escritores da literatura brasileira, valoriza o ato de aprender sempre
mais através do questionamento continuo do individuo como expressa nas frases:
“vivendo, se aprende, mas o que se aprende mais é só fazendo outras maiores
perguntas” e “quem desconfia fica sábio”.
Aluna: Mayris Karen Silveira Malheiros. Ano: 9º ano. Turma:
1903.
Orientadora: Profª. Juçara Guimarães. Disciplina:
Humanidades.
Diretora: Celi Conceição Magalhães
Araujo.
Escola: G.E.C. Anísio Teixeira.
11ª CRE.
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