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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Texto Literário X Texto Não-literário

A professora Tetê, de língua portuguesa, deu uma aula para seus alunos sobre as diferenças entre texto literário e texto não-literário. Após expor as diferenças, pediu aos alunos para elaborarem um poema inspirado no tema desenvolvido em aula. A seguir, os trabalhos dos alunos que mais se destacaram.


Vidas em Perdição - Bárbara Marques Pinheiro (Turma 1902)


O sol se põe
A noite fria vai se esvaindo
Preparando-se para  mais um dia
Um dia de realidade.


Uma alma sem sonhos
Desesperanças
Sufocando-se com o desespero
Aos irreversíveis
Afogando-se a escuridão


Lágrimas que não acabam
Lágrimas de dor
Vergonha...
No seu caminho foi-se perdendo
E a luz se apagando


Os ponteiros do relógio batem
Tic-tac
Tempo perdido
Tic-tac
O vento leva os sorrisos
As lembranças que se foram...


A corda que se rompeu
A bola que furou
A boneca que Noel esqueceu
Coisa de criança
Infância perdida...


O néctar da desilusão
As mãos que se sujam na perdição
Os olhares sem coração.


E o horizonte vai se formando
A vida continuando
O lixo recolhendo
Para mais um dia de sobrevivência


As fantasias que ficam
nos seus devaneios
As lágrimas que são obrigadas a cessarem
Lágrimas interrompidas
Nesse mundo não há tempo para chorar.


A Infância no Lixão - Ana Beatriz Fazenda (Turma 1902)


Não dá mais para esconder
a miséria está em todo o lugar
trazendo desesperos para as mães
fazendo uma criança chorar


A disputa do lixão
a falta de um pão
traz o choro para o cidadão


Sonhos que foram embora
Sonhos que nunca vão voltar
Sonho de melhorar a vida
Sonhos que não vão mais chegar


Crianças que saem para catar
e deixam de estudar
Faz meu Deus,
a esperança nesse povo reinar.


O Luxo e o Lixo - Caroline Gomes Almeida - (1902).


Tantas pessoas têm dinheiro
E não sabem dar valor.
Outras tantas não têm nada,
Passam fome e sentem dor.


A dor de não ter uma vida digna,
De acordar cedo para catar lixo.
Essas pessoas sofrem muito
Vivem igual aos bichos.


Os ricos poderiam ajudar
Mas a ganância não quer deixar
Eles preferem ver o povo morrer.
Do que a mão estender.


Pobre das crianças
Não têm escolas, nem nada
E pra ficar pior
Comem coisas estragadas.


Agradeço todo dia
Quando como cada pão
E agradeço também.
Por não comer no lixão.

Triste Realidade - Tatiana Simonino Carneiro (T.1902)

Enquanto uns choram
de barriga cheia,
outros procuram
comida nas lixeiras.

Meninos carentes
que vivem nos lixos
dividindo espaço
com os bichos

Triste realidade
que causa emoção
ver seres humanos
em tal condição

Ai meu Deus quem me dera
poder ajudar
inventando um remédio
pra fome passar.

Que Jesus ilumine
o povo carente
e que a sociedade perceba
que eles são gente.

Merecem carinho
e investimento,
merecem viver
sem esse sofrimento.

Se o Brasil é tão rico
Eu não posso entender
porque tanta gente
há de sofrer.

Com a desigualdade
e o preconceito.
Espero um dia
ter um jeito.

De obter igualdade
Social e racial
Desejo viver
em um país legal.

É triste saber
que muitos esbanjam,
Desperdiçam alimento
e com luxo se banham.

Enquanto outro lado
está no veneno
e a desigualdade
cada dia crescendo.

2 comentários:

Anônimo disse...

eu acho o blog de vocês muuuuito Bom .

Anônimo disse...

Os Textos ficaram ótimos!